segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quanto tempo nessa vida


você acha que precisa pra aprender que o tempo não te dá chances de tentar outra vez? É melhor a gente dar valor, dar carinho, demonstrar amor quando tem chance, depois vai sentir que faz falta e querer reviver. Esse é o seu momento, reviva cada instante, quantas coisas você tenta fazer hoje que deveria ter feito antes? Porém antes tarde do que nunca, ontem sol, hoje a chuva. Lavar a alma me traz boas lembranças, que seja essa a nossa herança, nunca perca a esperança. O que vale é perseverar, lutar e cada obstáculo superar. Quanto tempo nessa vida, você acha que precisa pra aprender a dizer "muito obrigado, me desculpe, foi eu quem errei." ? Como aquele beijo que você me deu antes de ir embora sem dizer adeus, aquele abraço forte que você guardou, a vida logo passa e você nem notou, aquele momento difícil que você passou também valeu a pena, você superou. Um alguém que você conheceu, um amigo pra chamar de seu, a vida vai mostrar, tem coisas que vem pra ficar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Já perdoei erros quase imperdoáveis,


tentei substituir
pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando
nunca pensei me decepcionar, mas também
decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já dei
risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui
amada
, mas também fui rejeitada, fui amada e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e
quebrei a cara muitas vezes ! Já
chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para ouvir a
voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse
morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial !Mas vivi
! viva !
Não passo pela vida... você também não deveria passar
! Bom mesmo é ir à luta com
determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder
com classe e vencer com ousadia,porque o mundo pertence
a quem se atreve e a vida é muito para ser
insignificante." (Chaplin)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"...Então,que seja doce.


Repito todas as manhãs,ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias,bem assim,que seja doce.
Quando há sol,e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar,feito um pequeno universo;repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas,se alguém me perguntasse o que deverá ser doce,talvez não saiba responder.Tudo é tão vago como se fosse nada(...)
Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você.Que sejam doce os finais de tardes,inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.
Que seja doce a espera pelas mensagens,ligações e recadinhos bonitinhos.Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone.Que seja doce o seu cheiro.Que seja doce o seu jeito,seus olhares,seu receio.
Que seja doce o seu modo de andar,de sentir,de demonstrar afeto.Que sejam doce suas expressões faciais,até o levantar de sobrancelha.Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado.
Que seja doce a ausência do meu medo.Que seja doce o seu abraço.Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão.Que seja doce.Que sejamos doce.

Chorar não resolve,


falar pouco é uma virtude, aprender a colocar-se em primeiro lugar não é egoísmo. para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades temporárias não valem a pena, quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder para aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam pelos dedos. aos poucos percebes o que vale a pena, o que se deve guardar para o resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não há como esconder a verdade, nem há como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas os seus resultados nem sempre são imediatos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

faço da queda


um passo de dαnçα, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro, e se o príncipe não se encantar, tiro ele da história !

domingo, 23 de janeiro de 2011

Havia uma garota,


que se odiava pelo fato de ser cega. Ela também odiava a todos, exceto seu namorado. Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, se casaria com seu namorado. Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela.

Então o seu namorado perguntou:
― Agora que você pode ver, você se casa comigo?

A garota viu que ele era cego e chocada, disse:
― Eu sinto muito, mas não posso me casar com você, porque você é cego!

O namorado afastando-se dela em lágrimas, disse:
― Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos, eles eram muito importantes pra mim

Imagine nós dois,


Eu e você, daqui a alguns anos, morando juntos. Não precisaríamos ser namorados, nem casados, nem nada disso. Apenas amigos. E nós seriamos felizes, eu e você. Fotos de nós dois estariam espalhadas pela casa. Fotos suas no meu quarto, fotos minhas no seu quarto. Mas nós dormiríamos juntos. Pelo simples fato de eu te querer por perto, e você me querer também. Pelo simples fato do seu quarto estar bagunçado de mais e a minha cama ser perfeita para nós dois. Eu teria medo do escuro, sem você. E eu andaria apenas com roupas íntimas, e você fingiria não se importar. E eu fingiria acreditar. Eu fugiria de você, correndo pela casa, rindo, com o controle da televisão, só pra você não mudar o canal. E você me pegaria, e ficaríamos abraçados até o silêncio nos constranger. Nossos sábados a noite seriam nostálgicos, olharíamos todos tipos de filme, atiraríamos pipocas um no outro e pediríamos uma pizza.
Nostálgicos e perfeitos, porque depois dormiríamos abraçados, no sofá da sala, ao som da melodia dos créditos de um filme de romance em que eu choraria do começo ao fim, e você riria de mim e comigo. Iríamos ao supermercado uma vez por mês, comprar as mais diversas porcarias. E não nos faltaria nada. Você não se importaria com as minhas roupas espalhadas pela casa e pelo seu quarto. Eu não me importaria com a sua bagunça diária, nem com a sua toalha de banho atirada pelos cantos. Nos domingos à tarde, ficaríamos na sacada do nosso apartamentinho no 3º andar, tomando coca e cantando músicas velhas. Olharíamos as pessoas lá em baixo, casais apaixonados, e ficaríamos em silêncio, perdidos nos nossos próprios pensamentos. Suas amigas viriam te visitar, e eu choraria em silêncio, no escuro do meu quarto. Até elas irem embora e você ir dormir comigo, e perguntar se chorei. Eu negaria. Você acreditaria. Me acordaria no meio da noite, para contar um sonho que teve. E nós riríamos juntos. Me acordaria com café na cama, ou com uma rosa roubada do jardim da casa vizinha. Eu deixaria um recado sutil de amor na porta da geladeira antes de sair na segunda de manhã para visitar meus pais. Poderíamos até ter um cachorro. Poderíamos juntos, levar ele para passear. E você decidiria pintar a casa, e ela ficaria vazia, apenas com nós dois e nosso cachorro. Deitaríamos no chão, e eu perguntaria em que você estaria pensando. Você mentiria e me perguntava o mesmo. Eu mentiria. Eu iria para a universidade todo dia de manhã, enquanto você ia para seu trabalho de meio turno em uma empresa de sucesso. Você me amaria, em silêncio. Eu também te amaria, em silêncio. Em alguns anos, eu estaria me formando , e você estaria no topo da carreira. E você me levaria pra jantar e me pediria em casamento. Eu aceitaria. E seria uma linda história de amor.

NÃO MUDE .


Simplesmente não mude, teu jeito por ninguém! Não deixe um babaca que na frente não será nada na tua vida, mudar teu jeito! A vida te trará alguém que vai amar voce, e ser feliz com voce do seu jeito, quando voce menos esperar. Pode acreditar. Porque a única coisa que o homem que realmente te ama vai querer trocar em voce é: o seu sobrenome.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,


já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudαde e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

é quando se está feliz ..


que se quer saber como estão aqueles à sua volta. é só assim que se pára pra ouvir de verdade, sem apenas estar procurando por brechas que o deixem se lamentar. é estando radiante que você tem a sensibilidade de perceber que todo mundo está fodido mesmo. emprego, faculdade, relacionamento pessoal. é uma vastidão de descontentamento que se assimila ao caráter viral. por isso que se faz de tudo pra que pessoas negativas sejam mantidas bem longe, atrás daquele frasco gigante dentro da gaveta que você raramente abrirá. quem é que quer dividir conquistas com quem já perdeu o entusiasmo da perspectiva? quem é que quer realizar sonhos ao lado de quem não sabe voar?

a verdade é que o que mais faz falta não é chegar em casa e poder dividir o seu dia com alguém, é ter certeza de que esse alguém fez parte inconsciente de cada minuto sem nem sequer ter estado lá.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quando eu tinha 5 anos,


minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O problema com o mundo,


é que os estúpidos são excessivamente confiantes,
e os inteligentes são cheios de dúvidas. - Bertrand Russell

domingo, 16 de janeiro de 2011

As vezes é necessário excluir pessoas,


apagar lembranças, jogar fora o que machuca, abandonar o que nos faz mal, se libertar de coisas que nos prendem, olhar para frente e enxergar a imensidão de caminhos ao nosso redor espere sempre o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier ouse, arrisque, não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito quanto ao resto, bom, ninguém nunca precisou de restos para ser feliz .. !

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O amor não tem idade ,


raça, ou cor .. o que importa é o sentimento que vem de dentro do coração .

O que é o amor ?


Essa é a dúvida de milhares de pessoas ,
muitas pessoas dizem que amam , sem nem saber o que é o amor .
De acordo com as definições do ' Wikipédia ' o amor é isso : " A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. " [...]
Mas com as suas palavras , você sabe me explicar o que é o amor ?
eu não sei ;x
O amor tem várias definições diferentes , tem o amor de mãe que é o maior e que não tem explicação , amor de irmão , amor de amigo ... e por fim o amor que todo mundo finge entender , o amor entre duas pessoas de sexo oposto (:
Muitas pessoas dizem que sou muito nova pra amar , eu discordo , pra mim o amor não tem idade . Como diz aquela música ' O amor não tem idade , raça ou cor , o que importa é o sentimento que vem de dentro do seu coração ♫ '
Outras pessoas dizem que esse tipo de amor só se pode ter , de verdade uma vez na vida . (...) Eu discordo ,
eu particularmente , já amei mais de uma vez . Já tive aquele amor de infância , aquele amor platônico , e aquele amor intenso , sabe ? pois é . E ainda pretendo amar mais e mais !

É ... , muitas pessoas tem medo de amar , por ter medo de sofrer , mas o amor tem dessas coisas mesmo . Não adianta você ter um amor , sem ser sofrido , se não tiver isso , pode ter certeza , não é amor de verdade .
Muitas vezes não se pode ter algo ou alguém que você quer muito , sem se esforçar , sem correr atrás , a não ser que seja da vontade de Deus , porque quando o destino de duas pessoas está preparado pelo Senhor , não há nada que possa mudar isso .

Então , um conselho (...)
se você ama alguém , corra atrás , lute por ela , não deixe pra dizer amanhã o que você pode dizer pra ela hoje , olhe nos olhos diga que a ama e não se canse , pois um dia a vitória vem .

Amo como ama o amor ..


.. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Você está tão perto,


mas está tão longe. O meu coração diz para eu não te esquecer. A maior parte do tempo sentei na calçada e pensei quantas vezes eu já chorei, mentindo entender.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ninguém nunca me disse que eu sorriria sempre,


e que se eu chorasse, seria apenas de felicidade. Quando eu nasci, ninguém me prometeu que daria tudo certo. Ninguém me garantiu que meus amores seriam correspondidos, ou que o sucesso andaria sempre junto comigo. Ninguém me assegurou de que os meus amigos seriam realmente amigos, e que eu sempre teria dias sensacionais! Ninguém me fez acreditar que eu seria capaz de ajudar todas as pessoas queridas que precisassem; que nunca faltaria dinheiro ou que sobraria. Ninguém me convenceu de que eu teria sempre tudo o que quisesse... Então, eu não posso reclamar de nada! A vida não é contrato, a vida é fato! Não me façam ser quem não sou, não me convidem a ser igual, porque, sinceramente, eu sou diferente! Não sei e nunca soube amar pela metade. Não sei viver de mentiras. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma! O jeito é ir vivendo... E o melhor disso, é saber que mesmo sem contrato, tudo tem sido muito bom, e que as melhores pessoas do mundo, eu já tenho!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Faço parte de um pequeno grupo de pessoas que não gostam das coisas mais óbvias...

Enquanto todos vão aos mesmos lugares, eu procuro ir aonde acho mais “bacana”!
Enquanto todos seguem a "modinha", eu prefiro fazer o que me dá prazer...
Enquanto todos olham para o mesmo lado, eu desvio o meu olhar para o que atrai o meu instinto. Procuro estar no Presente, mas confesso que o passado é algo inerente a minha condição humana...
Diariamente ouço com atenção as pessoas que chegam a mim, mergulho no interior de cada uma quando me permitem... Troco energia na medida do possível, mudo de polaridade se preciso for. Posso ser o que você quiser, não tenho medo. Participo de tudo que sou capaz, mas só posso ir até onde me permitem.
De qualquer forma eu tento e sempre dou o melhor de mim... Sou o que a sua percepção lhe permitir enxergar...
Talvez eu seja mais louca do que você acredita...e mais inteligente do que você imagina!
Talvez eu seja mais Intensa do que você pensa...e mais Feliz do que você jamais sonhou!
Talvez eu tenha Coragem de dizer o que você não ousa ou saiba dizer de forma simples o que você não consegue expressar...
Talvez você não compreenda nada do que eu digo. Mas se não, é porque não é mesmo para você compreender.
Talvez eu me permita ser diferente a cada dia...ou talvez eu simplesmente seja assim, e realmente goste de ser assim...
Talvez eu goste de acordar todos os dias e fluir com a vida! Dizer o que sinto porque sinto...
Gosto de rir de mim mesma, de fazer drama quando estou muito triste até passar a dor... Mas também quando passa vai de uma vez só! Xô!!!
Gosto de ler coisas que me façam pensar diferente...Amo mudar de idéia!!!
Gosto de pessoas de "atitude" que fazem com que eu reflita sobre as minhas...Gosto de aprender tentando e crescer através das minhas experiências. Amo ser surpreendida...
Acredito muito no potencial humano...na verdade eu amo o Ser Humano de uma forma em geral... Tornei-me o que sou por amor! Aliás, “o amor me move... Só por ele eu falo...”
Tenho paixão pela minha Vida! Por isto estou sempre sendo complacente comigo mesma, mas sei admitir quando erro. Sei pedir desculpa e estou aprendendo a lidar com a minha amiga ansiedade.
Acredito que quando é meu vem com força...Quando é mais ou menos não é para ser!
Não gosto de situações obscuras, não gosto de pessoas que estão metade junto a mim... e a outra metade na dúvida sem saber para onde vai...
Não gosto de viver mais ou menos...beijar mais ou menos...abraçar mais ou menos...sentir mais ou menos...
Nestas situações eu não sou eu...Sou parte de mim e acredito que não flui como deveria... Me mostro à medida que você se mostra, mas às vezes você só vê aquilo que quer ver...Ou pode ... rs!
Vivo intensamente sim... E se o equilíbrio está no caminho do meio...há momentos em que você precisa optar... E se viver intensamente é estar entre a vida e a Morte...não deixa de ser o caminho do meio... rs
Talvez você tenha uma idéia equivocada sobre a minha pessoa ...Talvez você me conheça mais do que você imagina ...Ou talvez você realmente não me conheça...
Talvez eu
seja apenas alguém bem diferente de você e talvez nada disso me importe tanto quanto você pensa.

Eu devo reconhecer que ..


ninguém me conhece. Não realmente. Os que mais sabem não sabem da metade. Não deixo todos os segredos escaparem de mim, não mesmo. Uma delicadeza com os outros, eu diria, pois não quero assustar as pessoas com meu passado. Em especial aquelas que continuaram gostando de mim após o pouco que souberam. Mesmo porque aquele, que fez aquilo, não está mais aqui.
Eu sou literalmente outro.

Nada mais vai me ferir,


é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui, com a minha própria lei. Tenho o que ficou e tenho sorte até demais, como sei que tens também.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

é verão ..


sei lá, Dá uma vontade boa de se dar .. tempo bom de ser feliz, tempo bom de namorar (8)

Happy New Year . 2011 \o

Era dia 07 de outubro ..


Ana se lembrava bem. Como em todos os outros dias, ela se levantou, entrou embaixo do chuveiro, lavou seus cabelos, colocou uma roupa, comeu algo e foi pra escola. Quando chegou em casa, abriu seu MSN. Um convite novo. 'Aceite', pensou ela. Foi por sua intuição, sempre ia. Era um garoto, chamado Bruno. Os dois começaram a conversar. Com o tempo descobriram que gostavam das mesmas bandas, das mesmas comidas, do mesmo tudo. Tinha quase tudo em comum, exceto uma coisa: a cidade. O garoto morava em Londres. A garota, em Bolton, uma pequena cidade ao sul da Inglaterra. Eles começaram a conversar mais e mais. Cada dia mais, cada vez mais. A mãe de Ana achou que estava viciada em internet, o que realmente estava. Ela estava certa, Ana não podia contrariá-la. A garota era apenas muito preocupada com seu futuro, não deixava de fazer lições de casa para entrar no computador. Mas assim que acabava, ligava logo o aparelho. Era também o caso de Bruno. O garoto sempre que chegava da escola deixava o computador ligado, com o Messenger aberto. Desligava a tela do computador, e fazia a lição. Sempre tinha pouca, então ficava esperando Ana, até 6 da tarde, que era quando a garota entrava, mais ou menos.
Os dois começaram a conversar aos 17 anos, e foi assim. No começo dos 18 anos, aconteceu a coisa mais esperada pras amigas de Ana (sim, porque as amigas sabiam de tudo, e esperavam há cerca de 9 meses algo acontecer): Bruno a pediu em namoro.
E foi assim, se conheceram por um computador, namoravam por um computador. O que os dois tinham era maravilhoso. Uma coisa que as amigas de Ana jamais haviam experimentado, ou ouvido falar. Nem mesmo na ‘vida real’. Eles confiavam um no outro mais que qualquer casal que todas as amigas de Ana já tinham visto, ou ouvido falar. Isso requer, realmente, muita confiança. E eles se amavam. Quando as amigas de Ana passavam o dia na casa da garota, elas viam a conversa. Elas conseguiam sentir o amor.
Eles estavam completa e irrevogavelmente apaixonados. Não havia nada que mudaria aquilo. O tempo passou, os dois ficavam mais apaixonados a cada dia (o que ia totalmente contra as idéias de Marcela, amiga de Ana. A garota pensava que a cada dia que se passasse, a tendência era o amor se esvair. Eles provaram que estava errada). Todo dia de manhã, na hora da aula dos dois, Bruno ligava para a garota. A acordava, para começarem o dia com a voz um do outro. Um dia o garoto apareceu com a boa notícia: ele conseguiria ir para Bolton. Passaria um dia lá, pois viajaria.
Eles se encontraram à noite, em frente à ex-escola de Ana. Ela conversou com o garoto. Ana não quis beijá-lo.
- Vou ficar dependente de você. Sei que você é uma droga pra mim, é viciante. Então se eu te beijar hoje, não vou conseguir ficar mais um minuto longe de você. A gente vai se reencontrar. E ai, vamos ficar juntos pra sempre.
Ela disse e o abraçou. Com mais força do que já abraçou outra pessoa. E o garoto se contentou em encostá-la. Ele sabia que o que Ana estava falando era verdade. Eles IRIAM se encontrar. E IRIAM passar o resto da vida juntos. Ele tinha certeza que ela era o amor da vida dele. Bom, agora a ‘maldita inclusão digital’ se transformou na melhor maldita inclusão digital.
O tempo passou rápido quando eles estavam juntos. Se divertiram muito, e Bruno gostou da simpática cidade da sua namorada. Ele foi embora no dia seguinte, cedo demais para conseguirem se despedir.
O tempo passou, e o amor dos dois só ia aumentando. Passaram-se 6 meses desde que Ana tinha conhecido seu namorado pessoalmente, e Marcela ainda não entendia por que eles não tinham se beijado.
- Any, você já parou pra pensar que pode ter sido uma chance única?! Você foi idiota, você sabe disso, né? – A garota dizia, sempre culpando Ana.
Mas ela sabia o que era melhor pra ela. Já tinha cansado de explicar para Marcela. Não explicaria mais uma vez. Haviam 9 meses que os dois namoravam, e um ano que se conheciam.
Eles se amavam muito, mais que qualquer pessoa que as amigas e amigos do casal já tinha visto. Um dia, Bruno apareceu com a notícia: ele conseguiu uma bolsa em uma faculdade em Bolton, e se mudaria para a cidade tão desejada.
Ana se chocou com isso. Por semanas se perguntou se sacrificaria o tanto que o garoto iria sacrificar por ele. Mas ela não era a maior fã de pensamento. Isso a fez mal.
- Any, deixa de ser besta. Você o ama, até eu posso perceber isso! E você sabe, eu não sou a pessoa mais esperta do mundo. – Marcela disse, encorajando a amiga.
- Eu sei, Marcela, mas... Ele tá desistindo da vida toda dele em LONDRES pra vir pra BOLTON! Por mim! – Ana disse – E pela bolsa que ele ganhou na faculdade, mas é mais por mim, ele me disse.
- Ana, presta atenção. – Ana olhou pra amiga. – Você não sabe quantas meninas invejam você. Não sabem mesmo. Eu, por exemplo, te invejo demais. Daria qualquer coisa pra ter um namorado como
Vocês confiam tanto um no outro, e se amam tanto. Eu tenho até nojo de ficar no quarto com você quando você ta conversando com ele. É um amor que se espalha no ar, que nossa senhora! Eu consigo sentir os coraçõezinhos explodindo pelo quarto. Ai fica tudo rosa, e você fica com uma cara de sonho realizado pro computador! Any, pára de subestimar o que você tem. Deixa de ser idiota.
- Você é um amor, sabia? Marcela, não sei. Não dá. Eu não desistiria de tanto por ele, e eu acho injusto ele desistir de tanto por mim.
Marcela bufou. Porque a amiga tinha que ser tão burra?
Meses se passaram, o tempo passava rápido. Ana não terminaria o namoro por messenger, frio demais. Ela esperaria o namorado chegar.
A garota tentava adiar o máximo possível, por mais que quisesse ver o garoto de novo. Ele tinha um cabelo lindo, e olhos mais ainda. Ana conseguiria ser invejada por todas as garotas da cidade se fosse vista com ele. Mas ela não queria inveja. Queria seguir o seu coração.
Quanto mais Ana queria adiar a situação, mais as horas corriam, e com elas os dias, as semanas, as quinzenas, os meses. O ano.
Chegou o dia; Ana esperou o seu futuro-ex-namorado onde se encontraram meses atrás.
Ela negou o beijo mais uma vez. O namorado ficou sem entender, mas aceitou.
- Olha, eu tenho que conversar com você.
- Diga. – Bruno sorriu.
- Quando você me disse ‘Vou me mudar pra Bolton’, eu fiquei feliz. Mais feliz que já fiquei há muito tempo. Mas depois eu comecei a pensar se faria o que você ta fazendo por mim. Você desistiu de toda sua vida em Londres, Bruno.
- Eu sei. Pelo melhor motivo na face da Terra.
- Não, não é. Eu sinto que eu não to sendo justa com você. E sem ser justa com você, eu não sou justa comigo. Eu não sei se eu faria o que você fez. Eu acho que não. Eu sou egoísta demais, eu não sei. Não quero mais ser injusta com ninguém, não quero dormir pensando isso. Há meses eu penso nisso, e fico com peso na consciência. E, de verdade, eu não sei se seu amor é o suficiente pra mim. – A garota disse e virou as costas.
Foi andando para a sua casa. E ao contrario de momentos tristes clichês (n/a: eu odeio clichês), não estava chovendo. O céu estava azul, o sol brilhava, como raramente acontecia em Bolton. Mas o que estava dentro de Bruno (e de Ana) não era assim tão brilhante.
Para Ana chegar em casa, tinha de passar pela frente da casa de Marcela – era esse o motivo de um sempre estar na casa da outra; elas moravam lado a lado. A garota passou correndo, chorando, enquanto Marcela estava na janela. Marcela saiu correndo de casa – ignorando completamente o estado critico em que se encontrava: blusa dos ursinhos carinhosos, cabelo preso em um rabo-de-cavalo mal ajeitado, short curto de florzinhas e pantufas do tigrão – indo logo para a casa da amiga. Ela bateu a campainha, e a mãe da amiga atendeu. Disse que podia subir as escadas, Ana estava em seu quarto.
Marcela subiu correndo, tropeçou, quase caiu 3 vezes – ‘Malditas escadas enormes’, pensava – mas chegou ao quarto em segurança (lê-se sem sangue escorrendo pela cara).
- Any! O que foi, amor? – A garota encontrou a amiga deitada, chorando em sua cama.
- O Bruno! – Ana não conseguia falar direito. Por essa mini-frase Marcela tinha entendido. Não tinha mais Ana e Bruno pra sempre e sempre e sempre e sempre. Agora era Ana.
A garota aprendeu a viver com a dor. Passaram-se 5 anos, Bruno estava formado em direito, era um advogado de sucesso, ainda morando em Bolton – nunca largaria a cidade que abrigava seu, ainda, maior amor. Ana era uma fotógrafa de sucesso, ganhava a vida fotografando famosos de todo mundo – mas não saíra de Bolton também, amava a cidade com todas e cada fibra de seu ser.
Bruno era melhor amigo de Ana, Ana era melhor amiga de Bruno. Ana tinha um noivo, um executivo de sucesso, que vivia de Londres pra Bolton, de Bolton pra Londres. Já Bruno sabia: por mais que tentasse achar alguém igual à Ana, não conseguiria. Só ela seria o amor da sua vida, que ele amava excepcionalmente. Nunca iria mudar.
Ana iria passar algum tempo fora da cidade, iria para a capital, fotografar uma banda inglesa. Iria dirigindo à Londres – depois de tanto custo para tirar a carteira de motorista, agora queria mostrar ao mundo que tinha um carro e sabia guia-lo.
Um carro. Dia chuvoso. Pista dupla. Um caminhão. Visão confundida. Bebida em excesso. No que isso poderia resultar? Não em uma coisa muito boa, com certeza. O caminhão bateu de frente com o carro de Ana. Ela não estava muito longe de Bolton, portanto ela foi levada para um hospital na cidade. O seu noivo, por sorte, estava em Bolton. Foi avisado, depois os pais, Marcela. E por ultimo, Bruno.
Ele se apressou em chegar ao hospital que Ana estava internada. Ele chegou antes mesmo de Felipe, noivo da garota. Bruno andou por corredores com luzes fluorescentes fracas, brancas, o que aumentava a aflição dele.Como estaria Ana? A SUA Ana? Ele nunca imaginou nada de mal acontecendo à SUA Ana. Ela sempre seria dele, amiga ou namorada. Seria dele.
Achou o quarto em questão, 842. Abriu a porta com cautela, e viu a imagem mais horrível que jamais poderia ter imaginado: Ana, sua Ana, deitada em uma cama de hospital, com ferimentos por todo o rosto e braços – as únicas partes de seu corpo que estavam aparentes. Ele chorou. Não queria ver a pessoa que ele mais amava em todo o universo daquele estado. ‘Frase clichê’, pensou, ‘mas porque não eu?’. As lágrimas caiam com força. Ele saiu do quarto com a visão embaçada pelas lágrimas; não sabia o que podia fazer.Ele foi para o lugar do hospital em que se era permitido fumar, e fez uma coisa que não fazia desde que tinha conhecido Ana: acendeu um cigarro. Começou a fumar, e ficou sozinho lá, encarando a parede. Imaginando se teria sido diferente se ele tivesse continuado em Londres. Ele lembrava, foi quem apoiou o curso de fotografia.
- Ah, cara... – Ana chegou se lamentando.
- Que foi, Any? – Bruno sorriu.
- Eu tenho que escolher o que eu vou fazer da vida, mas... É difícil demais!
- Eu sei bem como é... Porque não tenta fotografia? – Bruno apontou para a máquina digital, que agora estava nas mãos da garota. – Eu sei que você adora tirar fotos.
- Bruno, sabia que você é um GÊNIO? – Ana sorriu e abraçou o melhor amigo. SEU melhor amigo.
Se ele não tivesse sugerido o curso, Ana não estaria no hospital à essa hora. Os pensamentos profundos do garoto foram cortados quando a porta se abriu, fazendo o garoto estremecer.
- Ah, que susto, doutor. – Bruno se virou.
- Desculpe. Você é Bruno, certo?
- Certo.
- Bom, você tem bastante contato com Ana, certo? – Bruno balançou a cabeça positivamente. – Nesse caso, eu sinto muito. Para sobreviver, a Ana precisaria de um coração novo.
A lista de espera por um coração é grande, e não sei se ela conseguirá sobreviver até chegar sua vez de receber um novo coração.
Como poderia viver em um mundo sem Ana?! Saiu do lugar. Não podia esperar as coisas acontecerem, e ele ser egoísta e ficar em seu mundo, fumando até Ana ir pra outro lugar. Ele pegou um papel, uma caneta e escreveu um endereço, e um horário, uma hora depois daquilo. Entregou para o noivo de Ana, que agora estava na sala de espera.
- Já foi vê-la? – Perguntou Bruno. O noivo negou com a cabeça.
Ele saiu andando, saiu do hospital. Foi para seu escritório, pegou 3 papéis grandes e digitou 3 cartas. Uma para os pais. Uma para Ana. E uma sobre os desejos que tinha.Ele tomou um remédio depois disso. E dormiu, lenta e serenamente, dormiu. Não acordaria mais. Quando o noivo de Ana chegou, encontrou Bruno deitado no chão, sem pulso. Estava morto. Em cima da mesa, 3 cartas. Um recado para ele: "Eu não gosto de você. Nunca vou gostar. Mas mesmo assim, você tem que fazer algo que não poderei fazer. Leve meu corpo para o hospital, com essa carta em cima dele. A carta que está em cima das outras.
Após isso, entregue a segunda carta para Ana quando ela acordar. E quando a noticia da minha morte chegar, entregue a terceira para os meus pais."
Assim acabava a carta. Felipe não acreditava no que lia. Não acreditou, e nem precisava. Correu para o hospital em seu carro. Ele entregou a carta e o corpo do homem, que agora estava ainda mais branco. Aconteceu na hora; o coração dele foi tirado e levado para Ana. Quando ela acordou, não muito depois, viu os pais dela, seu noivo e os pais do namorado de 6 anos atrás. Eles sorriam e choravam; ela não entendeu. Foi quando viu a carta com a letra dele, escrito o nome dela. Ela pegou a carta e leu, então. "Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo.
Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"
Então ela chorou. Chorou e abraçou os pais, os pais dele. Chorou como nunca, e tremia por tantas emoções passarem por seu corpo. Ana encarou o noivo. Terminou o noivado naquele dia. Não adiantava esconder algo que estava na cara: ela amava Bruno, e seria sempre o SEU Bruno. ELE era o homem de sua vida, não Felipe. O homem que sempre esteve lá, amando-a ao máximo. Em qualquer momento.
Ela chorou muito, e seguiu a vida. Todos os dias ela lembrava de Bruno. Viver em um mundo sem ele não fazia sentido. Mas não desperdiçaria todo o amor e que estava dentro dela. Ela podia sentir seu coração batendo. Ela lembrava a cada momento, que mesmo separados eles estavam juntos. Mas apenas uma coisa fazia seu coração se apertar, se contorcer de dor. Que fazia uma lágrima se escorrer sempre que pensava nisso.
Ela sentia falta daqueles beijos. Dos beijos que foram negados. Mas ela foi feliz. Morreu com seus oitenta e tantos anos. Mas era sempre feliz. Afinal,
O coração do homem de sua vida batia dentro dela.